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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dark Side...


Não penso que a NASA tenha finalmente conseguido "camoniar" a Lua, pois parece-me que a cratera Cabeus não faz parte do aparelho visual daquele orbe, até porque todos acharíamos estranho que a agência espacial norte-americana, após décadas de investigação e muitos milhões de dólares de investimento, pretendesse apenas vazar uma vista à nossa vizinha do lado.
No entanto, não deixa de parecer absurdo, depois de quase destruirmos o nosso planeta, andarmos agora a bombardear a Lua, ainda que com o argumento da necessidade científica de avaliação sobre a quantidade e a qualidade da água existente no satélite natural que teve a infelicidade de ter ficado encarcerado na nossa órbita e submetido ao nosso destino. Já não nos chega sujarmos a nossa casa, ainda temos necessidade de andar a deitar lixo no quintal do vizinho.
"Ah, e tal... que é preciso... que só assim saberemos se um dia virá a ser possível erigir a - até aqui utópica - base lunar..."
Eu lembro-me de, há trinta e tal anos, ter acontecido uma outra explosão há dez anos, cujas únicas consequências positivas foram a emancipação da Lua em relação à Terra e o leitmotiv para duas ou três temporadas de episódios de uma série televisiva de que a malta quase toda gostava.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Saltando ao Brasil, num cavalo índio...

Para a Lady Godiva, serão "Criaturas Novas", mas não desmerecem o Mestre!...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Hasta luego

Muito provavelmente no Victor's Café não será esta a música cubana que se ouve. Uma das pequenas diferenças entre Nova Iorque e Massamá...

domingo, 5 de julho de 2009

Antes e depois de nós


Há umas semanas, regressando a casa depois das aulas, tomei o percurso de sempre, a N250, espécie de CREL de há meio século atrás, que liga Caxias a Sacavém, servindo povoações como Cacém, Belas, Caneças e Loures. É precisamente o troço Belas–Caneças que me possibilita o vaivém diário há quase duas dezenas de anos. Nessa ocasião, tendo "ligado o piloto automático" e navegando entre o Olival do Santíssimo, a estibordo, e a Serra da Helena, a bombordo, ia desenhando as curvas já tão conhecidas e pensando cá nas minhas coisas, quando, num sítio improvável e aparentemente sem razão alguma, o carro que me precedia parou. Reduzindo a minha velocidade até me imobilizar atrás dele tive oportunidade de me aperceber do "obstáculo": uma jovem mãe e sua quase recém-nascida prole, em passo bem marcado e decidido, acabados de sair de uma moita, embrenharam-se num valado, em direcção a uma das primeiras mães-de-água do centenário aqueduto joanino.
Apesar de a mãe perdiz não ter provavelmente muito mais do que um ano de vida, o trilho que seguia é decerto mais antigo do que o milenário aqueduto romano que jaz sob o seu descendente setecentista e, portanto, muito anterior a qualquer N250 ou estrada militar. É claro que, embora se apresentasse pela esquerda, a prioridade de passagem era daquela família: quem atravessava éramos nós. O seu caminho já existia antes de nós e continuará a existir muito depois de nos irmos.

terça-feira, 12 de maio de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Às compras

Entrou, como de costume, no supermercado do bairro, quinze minutos antes da hora de encerramento.
Já raros eram os clientes. Já os repositores preparavam o dia seguinte reabastecendo as prateleiras. Já na peixaria jaziam no seu níveo leito apenas, esparsos, os sobrantes. Circulava-se mais fluidamente àquela hora pelos corredores, apesar de as paletes os estreitarem ainda mais do que o habitual. Curiosos eram os percursos de cada um dos compradores. Uns, metódicos, começando por acomodar no fundo do cesto os artigos mais pesados e volumosos, deixando para o fim os mais delicados e perecíveis, colocando-os depois pela ordem inversa no tapete rolante para novamente irem para o fundo, agora, dos sacos. Outros, seguindo a lógica para eles desenhada pelos pensadores que idealizaram o espaço, navegando à vista e parando aqui e ali para as incursões necessárias nas baías e enseadas que se lhes iam oferecendo. Outros ainda, ziguezagueando ao ritmo da lembrança do que faz falta e, por isso mesmo, passando várias vezes nos mesmos sítios, voltando atrás, vendo e revendo, por vezes repondo o que acabavam de retirar.
Com o cruzamento das linhas desta complexa geometria, inevitavelmente se cruzou várias vezes com os mesmos transeuntes, também discretos, também sorridentes e corteses no tom quase de surdina que imprimiam às vozes, nas cedências de passagem ou de vez num balcão, e todos tão diferentes da horda que duas horas antes, ruidosa e boçalmente, invadira o mesmo espaço.
Enquanto, no balcão da charcutaria, sem pressa, apreciava e apreçava embalagens de queijos e presuntos fatiados, uma voz feminina, mesmo ao seu lado, pediu:
– Pese-me duzentos gramas deste fiambre, por favor.
Imediatamente o seu olhar se fixou na enunciadora de tão improvável quanto correcta produção linguística. Em seguida, a surpresa deu lugar à estupefacção quando a empregada percebeu à primeira o pedido, sem repetir “corrigindo”, Duzentas?, como já tantas vezes a si acontecera.
Depois, a cliente ucraniana agradeceu à empregada africana e afastou-se.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Requerimento à Censura, Tom Zé

Do tempo em que, por haver censura prévia, se tinha de ser mais criativo para a ludibriar e desafiar.
Hoje, é claro que se pode dizer tudo, principalmente porque ninguém ouve ninguém, o que torna inconsequente o que se diga...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

spain - the blue moods of spain

Difícil de encontrar, foi o que se arranjou...

Caminho de volta