sábado, 31 de outubro de 2009

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Faróis apagados



Nesta navegação à vista, todos os pequenos pontos de luz que possam servir de referência e ajudar a não encalhar em bancos de areia ou esbarrar contra escolhos são importantísssimos. O que dizer, então, dos faróis? Sem eles, torna-se praticamente impossível rumar a bom porto. Quando alguns deles se apagam, ainda que momentaneamente, a noite fica mesmo mais escura e fria, e a vontade de navegar esmorece. Mas navegar é preciso...

domingo, 25 de outubro de 2009

Valdevinos

Morte de D. Beltrão


– Quedos, quedos, cavaleiros, — que el-rei vos mandou contar,
Falta aqui o Valdevinos — e seu cavalo tremedal;
Falta a melhor espada — que el-rei tem para batalhar.
Não no achastes vós menos, — à ceia, nem ao jantar;
Só o achastes menos — a porto de mau passar.
Deitaram sortes à ventura — a qual o havia d’ir buscar.
Todas sete lhe caíram — ao bom velho de seu pai;
Três lhe caíram por sorte — e quatro por falsidade.
Lá se vai o bom do velho, — o seu filho vai buscar.
Pelos altos vai voando, — pelos baixos procurando,
À entrada duma vila, — à saída dum lugar,
Encontrou três lavadeiras — numa ribeira a lavar.
– Deus vos guarde, lavadeiras, — que Deus vos queira guardar.
Cavaleiro d’armas brancas — viste-lo por aqui passar?
– Esse soldado, senhor, — morto está no areal;
Os seus pés tem sobre a areia — e a cabeça no juncal;
Três feridas tem em seu corpo, — todas três d’homem mortal;
Por uma lhe passa o sol, — pela outra o luar,
Pela mais pequena delas — um gavião a voar,
Com as asas bem abertas, — sem nas ensanguentar.
– Não torno a culpa aos Mouros, — em meu filho matar;
Só a torno ao seu cavalo, — não no saber desviar.
De mandado de Deus Padre — veio o cavalo a falar;
– Três vezes o desviei — e três me fez avançar,
Apertando-me as esporas — alargando-me o peitoral;
Dava-me sopas de vinho — para melhor avançar;
Os muros daquele castelo — três vezes me fez salvar.





Versão de Vinhais, recolhida pelo P.e José Firmino da Silva, 1904 (José Leite de Vasconcelos, Romanceiro Português. 1.º vol., Coimbra, 1958, versão n.º 18, pp. 31-32).

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Caio Múcio Cévola


Ciues Mucium ob cladem manus dextrae «Scaevolam» nominauerunt.

A tradução directa será algo como: «Os cidadãos, por causa da perda da mão direita, chamaram Cévola (Esquerdo ou Canhoto) a Múcio».

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Rio Amarelo

Nos primórdios da "globalização" já o Rio Amarelo passava por Londres...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Vida em Marte...

Ver original aqui.

domingo, 18 de outubro de 2009

sábado, 17 de outubro de 2009

Dia do Meu Pai


Nem sempre te beijo, quase nunca te digo o quanto te amo, mas tu sabes bem que és para mim tudo o que nunca foram para ti, que tens sabido ser pai sem nunca teres sido filho.
Parabéns, PAI!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sir Galaaz

Quedos, quedos, cavaleiros!....
Que el-Rei vos manda contar...
No primeiro momento em que abriu os olhos, as cores e os tons do magnífico arrebol invadiram-no, espalhando no seu espírito uma plena sensação de paz.
Encontrava-se deitado, de costas, no exacto centro de uma bela e verdejante clareira, e o seu olhar maravilhava-se na contemplação da orvalhada aurora que lentamente avançava por sobre a sua existência terrena.
Já acordado, tentou lembrar-se de como chegara até ali, mas pareciam estar bloqueados todos os corredores labirínticos da memória.
Soergueu-se, a custo.
Apesar de o seu corpo não aparentar qualquer mazela, uma sensação aguda de dor o percorreu quando tentou sentar-se. Talvez uma manada em desatino o tivesse cilindrado. Continuava a não se recordar de absolutamente nada.
Viu então o seu belo corcel, que retouçava brandamente a fresca erva entre os fetos cintilantes de pequenas gotículas matinais. A um gesto seu, o fiel companheiro de tantas jornadas inclinou a cabeça na sua direcção, fixando em si aqueles olhos negros e profundos, tão contrastantes com a alvura da sua pelagem.
O olhar penetrante da elegante montada descerrou-lhe, por fim, as portas e as janelas até aí trancadas.
De repente, tudo se fez claro na sua mente.
Na noite anterior, após uma carreira desenfreada, por montes e vales, searas e silvados, tinha finalmente soçobrado e adormecido naquele ameno recanto da grande floresta.
Disso conseguia lembrar-se, mas não pôde precisar se fugia de um terrível perigo ou se, pelo contrário, perseguia algum maléfico inimigo. Vencera, porém, a contenda, ou não estaria ali agora, incólume e cheio de luz por dentro.
Decidiu empreender, sem demora, a viagem de regresso, pois algo lhe dizia que tinha chegado a hora de se sentar na cadeira proibida, no único lugar vago naquela enorme mesa redonda.

sábado, 10 de outubro de 2009

Baladas

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dark Side...


Não penso que a NASA tenha finalmente conseguido "camoniar" a Lua, pois parece-me que a cratera Cabeus não faz parte do aparelho visual daquele orbe, até porque todos acharíamos estranho que a agência espacial norte-americana, após décadas de investigação e muitos milhões de dólares de investimento, pretendesse apenas vazar uma vista à nossa vizinha do lado.
No entanto, não deixa de parecer absurdo, depois de quase destruirmos o nosso planeta, andarmos agora a bombardear a Lua, ainda que com o argumento da necessidade científica de avaliação sobre a quantidade e a qualidade da água existente no satélite natural que teve a infelicidade de ter ficado encarcerado na nossa órbita e submetido ao nosso destino. Já não nos chega sujarmos a nossa casa, ainda temos necessidade de andar a deitar lixo no quintal do vizinho.
"Ah, e tal... que é preciso... que só assim saberemos se um dia virá a ser possível erigir a - até aqui utópica - base lunar..."
Eu lembro-me de, há trinta e tal anos, ter acontecido uma outra explosão há dez anos, cujas únicas consequências positivas foram a emancipação da Lua em relação à Terra e o leitmotiv para duas ou três temporadas de episódios de uma série televisiva de que a malta quase toda gostava.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Há trinta anos...

No Dia Mundial da Música e para comemorar outra efeméride: Os Mestres & As Criaturas Novas completa hoje o seu primeiro ano de vida.

Era uma vez um cavalo...