Há dois dias, numa situação agora cada vez mais frequente, tive de dizer "Não!" à minha filha. É claro que o que se seguiu é também já rotineiro. Começou a chorar, ao mesmo tempo que dizia "Uimpa, uimpa!" e pedia para beber água.
Decidi perguntar-lhe:
– Limpo o quê, filha?
– As aguinhas! – respondeu-me ela, apontando com os deditos as lágrimas que lhe escorriam face abaixo.
Não me lembro de alguma vez me ter sido dado a conhecer mais belo poema sobre lágrimas!