Sei eu lá bem que aspecto a poesia
deva ter. Não esse tipo paralisado,
monocórdico. É uma coisa que não
aprecio muito. O mesmo tom repetido
até ficar gasto, e depois chamar isso
«coerência formal», ou «uma voz
própria», esse género de tretas.
Não, isso é pouco do meu gosto.
Então antes a guloseima favorita
da minha infância. O rebuçado
mágico. A gente vai chupando,
chupando, estão sempre a aparecer
outras cores e, mal uma pessoa
se distrai, não sobra mais
nada. É exactamente isso, acho
eu. Uma coisa assim. É ela por ela.
Tom Lanoye (trad. Fernando Venâncio)
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Olha que interessante...
Hoje dá-me para concordar com este indivíduo, para me identificar com esta ideia... É que é isto mesmo. Mesmo!
Boa, Vítor!
Beijo
margarida:
Por me identificar com o indivíduo (do qual nunca antes ouvira falar) é que o trouxe até cá. Ora ainda bem que não sou o único a concordar com ele.
Beijo
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