...........40 love
middle.............aged
couple..............playing
ten-..................nis
when................the
game................ends
the....................net
will....................still
be.....................be-
tween...............them
...................Roger McGough
Conheci este poema a meio caminho dos quarenta, nas aulas de Inglês do prof. V., no 12.º ano, enquanto, indisciplinadamente, jogava ao "8 Corte Inglês" (ou "8 Maluco"), com o colega do lado [aceitam-se apostas sobre a identidade deste último].
15 comentários:
Olá, "capicua-postador"!
Olha que realmente esse (indivíduo) inglês era 'superior'. É que, não sei porquê, eu vejo-me inteira ali naquele espaço vertical que se forma entre as duas "colunas" do poema...
[Quanto ao teu colega do lado, sei que é alguém com quem ainda não me sinto à vontade...]
Lady:
A capicua, 'for the time beeing', está só (acidentalmente, desta vez) na hora da publicação, 'but thank you for noticing'.
O próximo post, esse sim, há-de ser capicua, pois será o número 141.
Mas até ando a pensar em outras capicuas - curioso teres notado!
Lady (2):
Talvez sintas isso por te teres deixado sugestionar mais pelo grafismo da coisa do que pelas palavras. O grafismo foi involuntário, pois - como sabes - é difícil alinhar o texto como queremos no Blogger. A segunda coluna devia ter ficado mais "direita". Na minha interpretação 'das palavras', o que está no meio das duas colunas é mesmo a rede que separa as duas metades do «court» e obriga ao "bola cá, bola lá" - ela já lá está antes e continua lá depois de cada jogo de cada partida do encontro que é a vida toda em comum dos dois jogadores. Não, não me parece que pudesses estar ali no meio.
Estamos,provavelmente a ver coisas diferentes no mesmo objecto, o que é bom, porque é (também) para isso que ele serve.
40 LOVER
sensuality aged person
devouring life
when the day comes to its end
there's no husband or wife
sensible human being
running away from rules
when the time allows a break
there's two in one laughing like fools
Andava eu a baldar-me às aulas, atento a um papelinho quadriculado cheio de cruzinhas que controlavam as faltinhas...(naquele tempo CHUMBAVA-SE MESMO!!!)...e um dia "F.... estou tapado a Inglês Superior!!!" (Eu escolhera uma turma de Inglês Superior só para estar com os amigos).
E nesse dia tive de me deixar de tretas e de jogatanas e lá fui (único exemplar de aluno na sala) levar uma injecção de "Catcher in the Rye" (foram duas horas!!!) enquanto outros espreitavam pela janela gozando com o meu sofrimento. APENAS EU E O PROF. V.
Eu, ele e o exemplar em inglês do livro que eu comprara já traduzido (benditos Livros do Brasil).
Mas valeu a pena.
No final tive 5 no exame de Inglês Superior...(numa escala de 0 a......20)
Saudades...MUITAS!!!!
Mas valeu a pena. No final
Margarida:
Gosto mais do teu: é mais vida e nem por isso menos poesia!
Obrigado
Yanneck:
... e o prof todo contente por finalmente ter encontrado "a agulha", agora que "o palheiro" se tinha baldado!
Eh! Eh! Eh!
Já imaginaste se, naquele tempo, tivéssemos o que hoje os miúdos têm?
Já imaginaste um blog naquela altura????
Abraço
(estamos todos em falta...continuo à espera de um jantar...)
Yanneck:
Por acaso, penso um bocado nisso, mas também me lembro de que tínhamos uma série de outros instrumentos bem interessantes. Por exemplo, durante alguns daqueles anos, fiz parte da comunidade CB - tinha um rádio minúsculo e uma antena artesanal, os quais usava para comunicar com gente que, em muitos casos, nunca cheguei a conhecer. E havia também outras formas de expressão. Lembro-me de tu e outros que tinham mais jeito para desenhar (como o Miguel Martins) se associarem e publicarem jornais de BD que eram vendidos na escola e aos amigos. Tu, o Carlos e o Jorge não fizeram, naquele mesmo ano, o 'Número Único' do «Bidé», "um jornal que nasceu teso"? (Ou estou equivocado?) Não participámos na vida associativa (desportiva, cultural e política) da nossa escola e da nossa terra? Usámos o que tínhamos ao nosso dispor, até os jogos de cartas "a tostão", para nos conhecermos e crescermos em conjunto. Tínhamos uma vantagem: como éramos gauleses, só temíamos mesmo que "o céu nos caísse em cima"!
(Por isso, ainda faz menos sentido que não nos consigamos organizar para o tal jantar, não é?)
TENS TODA A RAZÃO...
E O BIDÉ NASCEU MESMO TESO.... ;)
ABRAÇO
Vítor, vamos sim senhor, organizar um jantar para o Janeca ir... sem FALTA!
Depois de tudo "desenhado" seguem-se convites em cadeia, boa?
Curioso, no fim do dia o resultado está empatado - ou diria - equilibrado, e cada um, mesmo que interaja com intensidade, há-de ser sempre uma entidade separada por uma rede, que curiosamente é a que permite este equilíbrio, porque no fundo uma relação constroi-se também pela diferença e pela autonomia individual de cada ser.
E isto acontecerá mesmo noutras idades. O trocadilho do título "40 love" com o casal de meia idade simbolizará a persistência dessa relação de forças que se equilibram, mesmo quando se atinge uma idade em que isso aparentemente se diluiria numa existência comum.
Em suma, gostei muito deste post :D
oops... Vítor, só uma pequeno esclarecimento/tentativa de enfiar uma bucha à la desculpa esfarrapada para quem meteu os pés pelas mãos:
40 love não significa que o jogo está empatado, mas sim que está 40-0, ou seja, quem está a servir tem três oportunidades de ganhar o jogo (ou o set, ou o encontro).
Hihi. Portanto, a interpretar as minhas palavras, é num sentido mais lírico, ok ? LOL
Meireles:
É mesmo um 'empate desequilibrado', não restam dúvidas...
Obrigado por me lembrares, em português, que 40 anos é meia idade.
Vítor: fica descansado porque eu, na melhor das hipóteses, também lá chegarei :D
Enviar um comentário