quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

11.º Mandamento




«Roubarás para comer, a quem para to vender é certo que te já roubou!»

5 comentários:

Guida Palhota disse...

Leiam lá os Mandamentos e vejam se cada um dos artigos desse decreto, mesmo para quem considere obedecer-lhes, não é passível de diferentes interpretações, nomeadamente na sua aplicação concreta (e não na abstracção dos ideais(?) ali expressos)!

Até eu, na minha infância, roubei um pacote de sugus, no Conde Barão. E só tinha gulodice; não tinha fome...

Há muitas maneiras de se agitar o mundo. Esta é só uma delas. A sociedade não resolve, porque não interpreta palavras, quanto mais silêncios... Venham, portanto, alguns actos tresloucados (?) tentar acordar os adormecidos, ou os estabelecidos, ou os esquecidos, ou os que tapam os olhos...
Venham!

Aníbal Meireles disse...

É o sinal dos tempos.

Quando a sociedade gera riquezas que nenhum homem consegue (ou será "quer") gastar de forma inteligente - redistribuindo, estamos na altura de recomeçar tudo de novo. Isto anda por ciclos e quer-me parecer que este está a chegar ao fim. Haverá sempre desigualdades, mas há alturas em que a tampa salta devido à dimensão da dita desigualdade.

Andam todos os economistas a dizer que andamos em crise e que isto vai ficar pior se não se fizer nada e no entanto levantam-se milhões das caixas ATM e pagam-se milhões com os cartões Multibanco.
(http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1454652)

Os valores absolutos aumentaram embora o valor médio por cada levantamento/pagamento tenha diminuido ligeiramente. É a nossa forma curiosa de encarar a crise ? Levanta-se menos e compra-se coisas mais baratas, mas levanta-se mais vezes e compra-se mais vezes ? É o último suspiro antes de haver uma nova vaga da crise ?

Ao que isto chegará!

Um abraço!

Vítor disse...

Guida:

Aconselho-te o «Acordai», do Lopes-Graça, ou uma série interminável de poemas do José Gomes Ferreira.
Acho que são os outro cinco mandamentos que Moisés trouxe, mas que infelizmente se perderam quando deixou cair a terceira tábua.
Eia!

Beijo

Vítor disse...

Meireles:

Lembro-me de, na minha infância, ouvir muito uma canção, que imediatamente antes do refrão tinha uns versos mais ou menos assim: "a saída de uma espera só se espeta na torrente".
Será que a 'saída de uma torrente só se afunila numa espera'? Talvez seja 'ao que isto chegará'.
(A II Guerra só começou seis anos depois da Grande Depressão...)

Abraço

Guida Palhota disse...

Já revisitei o «Acordai», que eu cantava no 'Renascer', e o JGF, com quem eu gostava de ter conversado...
Obrigada pelas sugestões.

P.S. Vou ali morrer um pouco. Volto quando estiver revigorada, e venho de olhos bem abertos...

A Kiss