Ou(vi) de novo. Dei mais atenção. E continuo "achando" que é bom isto acontecer só em alguns dias, mas considero que se trata de dias especiais: dias de ganhos em perdas e de perdas em ganhos; dias intensos e marcantes, reveladores do eu e do outro, nas esguias possibilidades dos tempos de fuga. Será que há mesmo coloridos de vida cruéis como aquele que aqui é descrito, coloridos que se estendem por nuances de tons escuros e tristes ou se transformam em negros arrastamentos até voltar a brilhar o sol? Fiquei a pensar! E, para já, interrogo-me: sabendo que há quem não veja o sol nunca, será melhor ou pior vê-lo de vez em quando?
(prévio) Ainda bem que voltaste a aparecer por cá! Sentimos muito a tua falta.
(1) São só dias, efectivamente, na acepção de que ninguém pode (?!) sentir-se assim TODOS os dias. Mas não são só dias, também "há noites assim..."
(2) Serão dias especiais, talvez. Concordo também com o teu quiasmo dos ganhos e perdas. Já quanto às tuas interrogações, que me não parecem retóricas, mas antes resultantes de algum cepticismo, deixa-me dizer-te que acredito piamente na existência desses "coloridos de vida", como lhes chamas; eles existem mesmo e podem arrastar-se por muitos dias e noites a fio - podem subsistir, por vezes, ao longo de uma existência inteira. Há mesmo pessoas que "encarnam" uma vivência de 'estátuas perenais da dor'. São - abordando a tua segunda inquietação - daqueles que não vêem o Sol nunca, ou quase nunca - o que, na minha opinião, é ainda pior, pois quem o não viu nunca não lhe sente tanto a falta. Há gente assim...
Pois eu não vi assim tantos como tu, mas acho que vi este; pelo menos, lembro-me de este tema fazer parte do alinhamento do «Fina Estampa», no Coliseu. E era CD que se ouvia muito cá em casa nesse tempo; depois de umas partilhas, restou a cassete que o tempo se foi encarregando de consumir e entregar ao olvido.
5 comentários:
Ainda bem que são só dias, Vítor!
beijo
Ou(vi) de novo.
Dei mais atenção.
E continuo "achando" que é bom isto acontecer só em alguns dias, mas considero que se trata de dias especiais: dias de ganhos em perdas e de perdas em ganhos; dias intensos e marcantes, reveladores do eu e do outro, nas esguias possibilidades dos tempos de fuga.
Será que há mesmo coloridos de vida cruéis como aquele que aqui é descrito, coloridos que se estendem por nuances de tons escuros e tristes ou se transformam em negros arrastamentos até voltar a brilhar o sol?
Fiquei a pensar!
E, para já, interrogo-me: sabendo que há quem não veja o sol nunca, será melhor ou pior vê-lo de vez em quando?
beijo
Guida:
(prévio)
Ainda bem que voltaste a aparecer por cá! Sentimos muito a tua falta.
(1)
São só dias, efectivamente, na acepção de que ninguém pode (?!) sentir-se assim TODOS os dias. Mas não são só dias, também "há noites assim..."
(2)
Serão dias especiais, talvez. Concordo também com o teu quiasmo dos ganhos e perdas.
Já quanto às tuas interrogações, que me não parecem retóricas, mas antes resultantes de algum cepticismo, deixa-me dizer-te que acredito piamente na existência desses "coloridos de vida", como lhes chamas; eles existem mesmo e podem arrastar-se por muitos dias e noites a fio - podem subsistir, por vezes, ao longo de uma existência inteira. Há mesmo pessoas que "encarnam" uma vivência de 'estátuas perenais da dor'. São - abordando a tua segunda inquietação - daqueles que não vêem o Sol nunca, ou quase nunca - o que, na minha opinião, é ainda pior, pois quem o não viu nunca não lhe sente tanto a falta.
Há gente assim...
Beijo
Vi "este" show do Caetano em Portugal, aliás como vejo todos desde que me lembro de ser gente! Que ganda pinta!!!
Carlos:
Pois eu não vi assim tantos como tu, mas acho que vi este; pelo menos, lembro-me de este tema fazer parte do alinhamento do «Fina Estampa», no Coliseu.
E era CD que se ouvia muito cá em casa nesse tempo; depois de umas partilhas, restou a cassete que o tempo se foi encarregando de consumir e entregar ao olvido.
Enviar um comentário