domingo, 24 de maio de 2009

Marginalidades

Se as tuclídias tivessem maitopos, não murmavam cloacas!

5 comentários:

Lady Godiva disse...

E achas tu que esta é uma questão de "marginalidade"...

Bem, eu vou começar por um prisma em que o que dizes, meu amigo, é antes uma questão de integralidade e/ou de integração: ou estás inteiro na cena ou a cena não é tua e tu não percebes nada dela (mesmo que penses que sim e tenhas 10 teorias sobre a dita); ou estás a viver a circunstância e vais conhecendo os seus contornos (o que te permitirá falar deles com propriedade) ou, de ouvir falar, amiguinho, aconselho-te a não te atreveres a discursos...

Chegamos então às "marginalidades".
Será agora fácil deduzir que quem está de fora, de fora está - por muito que já tenha estudado determinados assuntos, ouvido falar, conversado ou lido sobre eles... É e será sempre um MARGINAL na matéria. E se assim não quiser continuar, é meter-se nela...

Vítor disse...

lady:
Fiquei um bocadinho baralhado com as duas partes do teu comentário, mas vou tentar percebê-las.

Aquilo que dizes quererá significar - tendo a frase postada em consideração - que, se não sei o que significa alguma coisa, devo deixar isso para quem de direito, sem meter foice em seara alheia?
Logo eu - que conheço esta frase há mais de 20 anos, de a ter visto escrita numa cortina de janela de comboio ou na superfície de uma porta de casa de banho pública -, que aqui vim humildemente postá-la com a esperança de que alguém ma pudesse finalmente traduzir. Mas, se faz parte de um qualquer conhecimento esotérico só acessível a iniciados e obviamente vedado a marginais, deixo-me ficar onde estou, não me apetece 'meter-me nela', como dizes.

Aníbal Meireles disse...

Vítor, se bem percebi a Lady, ela limitou-se a descodificar a mensagem que aqui colocaste.

Eu nunca tinha lido tal frase, e seguramente, fazendo uma pesquisa no google por esta frase é caminho certo para encontrar o teu blog! Pesquisando por palavras individuais - "tuclídias", "maitopos" e "murmavam", só mesmo exceptuando "cloacas", também se encontra o teu blog imediatamente.

Portanto, no mundo inteiro, ninguém tinha tido a ideia de colocar esta frase on-line até ao dia de hoje.


Lady, se bem percebo o teu post, a tradução literal será:

"Se os que estão de fora tivessem mais decência, não andavam por aí segredar disparates!"


É a minha interpretação da mesma, a julgar pela disposição do verbo "ter" da semelhança de "murmavam" com murmurar, e de "cloacas", que é uma palavra do dicionário. Resta "tuclídias" que pode ser qualquer coisa pouco abonatória, do género "pacóvios", "ignorantes". Eu optei por pela expressão equivalente. Ah, "maitopos" sofre esta alteração: mai = mais; topos = posto = dignidade = alguém que procede de forma digna, decente.


Acho portanto que houve um problema na vossa comunicação. Eu, como tenho jeito para intermediário LOL, decidi intervir.

Rute disse...

Ah!..........

Só me resta mesmo enviar beijinhos aos três

..... E continuem......!!!

Lady Godiva disse...

Vítor:
Eu nunca tinha visto semelhante "frase" e, agora que li o comentário do Aníbal, devo dizer-te que percorri exactamente o mesmo caminho que ele para tentar perceber o seu significado, embora, logo à partida, sem esperança. Ora, como só me entendi com a "cloaca", mas ela sozinha também não me encaminhou para qualquer vereda, virei-me para outro lado. É que eu não sou de me deixar ficar. Não falei, todavia de cor, só para meter colherada. Passo, portanto, a tentar explicar.

Como não entendi a mensagem (se é que há alguma...), considerei-me MARGINAL, pondo a hipótese de estar ali presente um código ou uma cifra, mas sem vontade de enveredar por aí.
Contudo, o facto de eu não ter vontade de decifrar não pode implicar que outros não o façam. Será é preciso meterem lá a foice, claro. Onde é que me viste sugerir o contrário?
Eu só disse que para se perceber da poda é preciso já se ter podado. Não convém, portanto, pormo-nos a mandar bitaites sobre aquilo que não conhecemos, pois o mais certo é não acertarmos. Se quisermos discursar sobre a poda, podemos primeiro, pois só assim teremos o verdadeiro conhecimento de causa possibilitador de um discurso abalizado.
Como vês, o que eu fiz foi andar à volta da questão, que não entendi e, por isso, me marginalizou - de certa forma, pois também pus a hipótese de a "frase" estar ali para nos fazer sentir isso mesmo (marginais - gente incapaz de se inteirar do conteúdo transmitido).
O meu sentimento de estar à margem do conhecimento levou-me a tentar dar sentido ao que estava a ver e esse procedimento levou-me a sentir-me integrada (já não marginal) - porque me meti na matéria!
Mas foi integração parcial, claro, pois limitou-se a um olhar de fora, já dentro do recinto de jogo, mas fora da jogada; apenas a admirá-la.

Desculpa tanta palavra. Hoje parece que me ligaram à corrente. E ainda por cima para nada. Ainda vem mas é alguém dizer que eu tenho "o intestino grosso ligado ao cérebro"...
Ah, e desculpa também não te poder valer...