Ena! Que dia tão especial! Será que ainda vais a tempo de sussurrar à tua mãe os parabéns que lhe enviam os teus amigos? Claro que vais, ainda nem o dia acabou! Eu, por exemplo, até gosto que o dia de aniversário se prolongue por mais um ou dois, à conta de alguns deliciosos esquecimentos no próprio dia... E, já agora, parabéns ao filho. 75 é uma conta bonita. Cuida bem desse pedra preciosa.
Parabéns! 75 anos a aturar um filho como o Vítor não deve ser fácil! Só aqueles tempos do Liceu de Queluz devem ter causado estragos psicológicos tremendos ;-)
75 anos fez a minha mãe, não fui eu, pá! Ela ainda viveu livre da minha presença 30 anos e uns meses - já não foi mau! E ainda estás enganado noutra coisa: os estragos psicológicos menores que ela teve foram os dos tempos do Liceu, pois não sonhava sequer o que o filho lá "era". A única vez em que se preocupou realmente foi num sábado, ao almoço, quando lhe disse que tinha acabado de chumbar por faltas a Filosofia (numa aula em que estiveste), pois a nossa Teté das Mamas Grandes, nesse dia, resolveu dizer-me à saída: «Você, hoje, tem falta.» «Hoje? - perguntei eu. - Hoje, que não faltei nem cheguei escandalosamente atrasado; aliás, que nem sequer atrasado cheguei? Logo hoje, que ainda por cima é sábado? Ó professora!» «Você, hoje, tem falta! - repetiu ela. - Por conta de todas as outras que não lhe marquei...» «Ó professora, mas com essa chumbo...» «Tenho muita pena!» E lá tive de ir ao velho Dr. Santana, nos Quatro Caminhos, 'comprar' um atestado para entregar à DT, a quem nem conhecia, porque Português já eu tinha feito no ano anterior. Um pormenor engraçado a juntar é o facto de, no meu primeiro ano como professor, na Damaia, eu dar Latim numa turma em que ela dava a sua velha Filosofia, ou seja, foi uma das minhas primeiras colegas, com quem ainda aprendi umas coisas. É a vida!
Vítor: só por mera curiosidade, a nossa Teté ainda mantinha os seus "Grandes Atributos" de forma a serem mais interessantes do que a matéria que nos tentava impingir? ;-)
Tinham decorrido apenas meia dúzia de anos (de 84-85 a 91-92), mas o tempo tinha já deixado algumas marcas. Continuava, no entanto, a ter um encanto especial, quanto mais não fosse pelo que a traiçoeira memória fazia ver.
8 comentários:
Ena! Que dia tão especial!
Será que ainda vais a tempo de sussurrar à tua mãe os parabéns que lhe enviam os teus amigos? Claro que vais, ainda nem o dia acabou!
Eu, por exemplo, até gosto que o dia de aniversário se prolongue por mais um ou dois, à conta de alguns deliciosos esquecimentos no próprio dia...
E, já agora, parabéns ao filho. 75 é uma conta bonita. Cuida bem desse pedra preciosa.
Beijos
Guida:
Obrigado pelos parabéns e pelos beijos, que transmiti como pediste, "em sussurro"...
Beijo
Parabéns! 75 anos a aturar um filho como o Vítor não deve ser fácil! Só aqueles tempos do Liceu de Queluz devem ter causado estragos psicológicos tremendos ;-)
Carlos:
75 anos fez a minha mãe, não fui eu, pá! Ela ainda viveu livre da minha presença 30 anos e uns meses - já não foi mau!
E ainda estás enganado noutra coisa: os estragos psicológicos menores que ela teve foram os dos tempos do Liceu, pois não sonhava sequer o que o filho lá "era".
A única vez em que se preocupou realmente foi num sábado, ao almoço, quando lhe disse que tinha acabado de chumbar por faltas a Filosofia (numa aula em que estiveste), pois a nossa Teté das Mamas Grandes, nesse dia, resolveu dizer-me à saída: «Você, hoje, tem falta.»
«Hoje? - perguntei eu. - Hoje, que não faltei nem cheguei escandalosamente atrasado; aliás, que nem sequer atrasado cheguei? Logo hoje, que ainda por cima é sábado? Ó professora!»
«Você, hoje, tem falta! - repetiu ela. - Por conta de todas as outras que não lhe marquei...»
«Ó professora, mas com essa chumbo...»
«Tenho muita pena!»
E lá tive de ir ao velho Dr. Santana, nos Quatro Caminhos, 'comprar' um atestado para entregar à DT, a quem nem conhecia, porque Português já eu tinha feito no ano anterior.
Um pormenor engraçado a juntar é o facto de, no meu primeiro ano como professor, na Damaia, eu dar Latim numa turma em que ela dava a sua velha Filosofia, ou seja, foi uma das minhas primeiras colegas, com quem ainda aprendi umas coisas.
É a vida!
Abração ao chefe do clã Lopes
Os meus parabéns atrasados à tua mãe! Belíssima idade e que conte muitos e bons na companhia do filho :D
Um abraço extensível aos dois, mãe e filho!
Meireles:
Atrasados nunca vêm. Concordo com a Guida acerca do "prolongamento".
Obrigado.
Abração para ti
Vítor: só por mera curiosidade, a nossa Teté ainda mantinha os seus "Grandes Atributos" de forma a serem mais interessantes do que a matéria que nos tentava impingir? ;-)
Carlos:
Tinham decorrido apenas meia dúzia de anos (de 84-85 a 91-92), mas o tempo tinha já deixado algumas marcas. Continuava, no entanto, a ter um encanto especial, quanto mais não fosse pelo que a traiçoeira memória fazia ver.
Abraço
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