domingo, 14 de fevereiro de 2010

Magnólia



A exaltação do mínimo,
e o magnífico relâmpago
do acontecimento mestre
restituem-me a forma
o meu esplendor.

Um diminuto berço me recolhe
onde a palavra se elide
na matéria – na metáfora –
necessária, e leve, a cada um
onde se ecoa e resvala.

A magnólia,
o som que se desenvolve nela
quando pronunciada,
é um exaltado aroma
perdido na tempestade,

um mínimo ente magnífico
desfolhando relâmpagos
sobre mim.

                 Luísa Neto Jorge

3 comentários:

Guida Palhota disse...

Assim sendo...,
envio um beijinho para a tua pequenina namoradinha, a C.
E envio um para ti, também.

Vítor disse...

Guida:

Beijos e abraços enviamos nós também para vocês todos!

Bom Carnaval!

Carlos Lopes disse...

Grande Luísa! Grande poema!

Quanto a Toledo, hei-de lá ir, mais que não seja para ver se apanho alguém à beira rio ;-)