sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Parece que foi noutra vida...


Parece que foi noutra vida, mas não passou tanto tempo assim desde aquele fim de férias em que 'desci' do meu porto de abrigo e fui ao teu encontro na Carrapeteira "para fecharmos o Verão". Ainda respirávamos tranquilidade; ainda discutíamos e divergíamos, com fervor, mas com fair play, sobre os mais variados assuntos e sobre as nossas vidas; ainda nos sentíamos jovens enquanto adultos; ainda continuávamos a construir a nossa amizade, pois ainda havia caminho a percorrer; ainda não tinham acontecido algumas das catástrofes que se avizinhavam - as tuas, as nossas, as do mundo...
A Praia do Amado, tarde fora... o jantar no Sítio do Rio, noite dentro... o salto a Sagres, já madrugada... este tema dos St. Germain ouvido pela primeira vez por todos os que estavam nessa noite no Dromedário, muito alto, bem batido, fazendo mover todos os músculos de todos os corpos e até vibrar todas as mesas e todos os copos...
O que veio mais tarde - mea culpa, mea maxima culpa! - não pode apagar esses dias em que a nossa amizade chegou perto do cume... Tenho saudades tuas e minhas!
* este é que é o post que eu queria ter publicado hoje de manhã... mas desta foi...

3 comentários:

Clarice disse...

As melhores coisas que nos acontecem... ao longe parecem sempre de uma outra vida... é uma ilusão, na verdade elas estão é guardadas em recantos únicos que existem em nós e que desconheviamos. São textos assim que contam a história de cada um de nós, história que nasce sempre de dentro desses recantos...

*viste o post lá no Clarear, que "chocou" com o que me enviaste? belo choque!

Lady Godiva disse...

Ainda bem que conseguiste o que querias.
Em mim, o teu novo "post" deixa uma sensação dupla: por um lado, é infinitamente mais belo; por outro, é infinitamente igual!

Um beijo.

Vítor disse...

clarice:
é verdade o que dizes, concordo contigo, mas deixa-me acrescentar que talvez nos tenham acontecido coisas boas (e más) em outras vidas, mesmo, e esses mesmos recantos, se calhar, dão-nos as histórias dessas vidas por nós vividas há muito tempo, há tanto tempo que não temos relógios nem calendários que o possam medir...

*já lá deixei um comentário sobre as coincidências...

lady:
ele é qualificável com esses dois adjectivos em simultâneo, mesmo em graus diferentes, como os ofereceste à luz, porque só pode ser comparado com o 'velho' que mais não era que já ele próprio.