quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Domingo

Sobre o Mário Viegas, escreverei um dia. Hoje, apetece-me dar os parabéns (já uns minutos atrasados para o dia 15) ao Manuel da Fonseca, escritor por quem sempre senti uma ternura especial e que, se ainda estivesse vivo, completaria hoje os 97 anos que espero o meu tio-avô Joaquim possa vir a celebrar daqui a um mês. Lembro-me de um dia o ver na Feira do Livro a autografar livros e de ter sentido uma enorme vontade de chegar perto dele e lhe beijar a careca como se do meu avô se tratasse. Ainda hoje me arrependo de o não ter feito. Lembro-me de estar um dia a almoçar, no ano do meu estágio, quando a notícia da sua morte me apanhou de surpresa, e de ter chorado e sofrido como se tivesse perdido alguém muito próximo. De tal forma que a minha mãe chegou a pensar que eu estava doente. Vou-o lembrando a algumas pessoas. É raro o ano lectivo em que, mesmo fora dos programas, eu não leia com os meus alunos um qualquer texto seu. «O vagabundo na esplanada» é quase incontornável - os miúdos percebem e gostam. Mas quase nunca levo para as aulas a sua poesia, que também me diz muito, mas que - pelo menos alguma - não consegue livrar-se das marcas do tempo da resistência (cantada pelo Adriano, pelo Lopes-Graça e outros). Mas acho este poema lindíssimo e quis partilhá-lo convosco.

3 comentários:

Vítor disse...

Peço desculpa a todos, mas, como tenho a mania da perfeição e sou um bocado azelha, dei cabo do post e dos vossos comentários.

Lady Godiva disse...

Ó seu granda Evaristo... tens cá...?!
Pronto, toma lá um beijo, que eu agora vou-me deitar e já não posso deixar-te aqui mais nada.
Life goes on. E amanhã é outro dia. Se... Mas será.

Clarice disse...

Ola que lindo serviço!